sexta-feira, 11 de março de 2011

Padre José Maria Xavier (1819-1887) - Ofício de Trevas - Vol. 2 (Repostagem)


“A tradição que envolve o ofício é antiqüíssima. Esta denominação de Trevas está envolvida num contexto ritualístico, extremamente rico em simbologia, e merece uma justificativa litúrgica. Desde o séc. VII, celebra-se com orações as exéquias do Senhor. No séc. VIII, a liturgia franco-romana já conhecia o apagar das luzes durante o ofício. Desde o séc. XII, o nome “Ofício de Trevas” indicava a oração noturna (matinas e laudes) do ofício divino nos três dias que antecedem o Domingo da Ressurreição. As matinas e laudes rezadas seguidas contam 14 salmos, nove leituras (incluindo três lamentações do profeta Jeremias) e nove responsórios. É “de trevas” pois, no decorrer dele, apagam-se sucessivamente as 14 velas em memória das trevas que cobriram a Terra na morte do Senhor. Para esse fim, é usado um candelabro triangular com 15 velas.
A vela da ponta, a décima quinta, representa o Cristo. As outras representam os onze apóstolos e as três Marias. Segundo vários autores medievais, apagar uma vela após cada salmo significa o abandono de Jesus por seus seguidores, principalmente no horto. A liturgia antiga colocava a última vela acesa atrás do altar para trazê-la de volta mais tarde, talvez ao amanhecer, simbolizando assim a morte do Senhor; em São João del-Rey (MG) esta tradição permanece intocada. Em Portugal, a décima quinta vela no alto do candelabro é conhecida como galo ou galo das trevas.
No final do ofício, cantado em latim, era costume fechar os livros com força exagerada ou bater os pés no chão com veemência, simbolizando o terremoto que acompanhou a morte de Jesus e a destruição de Jerusalém.”
Avicenna apresenta o Segundo volume do “Ofício de Trevas”, composto pelo Padre José Maria Xavier (1819-1887, S. João del-Rey, MG), com a Orquestra e Coro dos Inconfidentes, regidos pelo Maestro Marcelo Ramos, gravado na Sala Sérgio Magnani, Palácio das Artes, Belo Horizonte, em dezembro de 2005.

OFÍCIO DE TREVAS - VOL. II
1. Matinas de Sábado Santo - Antiphona
2. Matinas de Sábado Santo - Responsorium I
3. Matinas de Sábado Santo - Responsorium II
4. Matinas de Sábado Santo - Responsorium III
5. Matinas de Sábado Santo - Responsorium IV
6. Matinas de Sábado Santo - Responsorium V
7. Matinas de Sábado Santo - Responsorium VI
8. Matinas de Sábado Santo - Responsorium VII
9. Matinas de Sábado Santo - Responsorium VIII
10. Matinas de Sábado Santo - Responsorium IV
11. Matinas da Ressureição - Invitatório
12. Matinas da Ressureição - Responsorium
13. Matinas da Ressureição - Responsorium II
14. Matinas da Ressureição - Laudes do Tempo Pascal
15. Matinas da Ressureição - Antiphona Final
16. 8ª Leitura de Sábado Santo - Manoel Dias de Oliveira (São José del Rey [Tiradentes], 1735-1813)

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